domingo, 19 de setembro de 2010

Dor e Esperança

Sofri um mês a utilização do contraceptivo (até o nome é horrível, sofrível) e nada do meu processo judicial avançar. Para completar, recebi negativa do Programa Acesso, sob a alegação de que a renda total do casal ultrapassa o valor máximo permitido para aprovação. Por outro lado, tive vontade de iniciar efetivamente o tratamento independemente da liminar contra o plano de saúde, mas não consegui contato com a minha médica antes do fim do ciclo. Tudo isso me deixou muito triste, mas, não sei explicar o porquê, continuo a insistir na busca por essa gravidez, ainda que na maior parte das vezes pareça-me que nada conspira a favor. De qualquer sorte, nessa semana, fui à clínica para novos exames e reiniciei a pílula.
Tive alguns momentos de tristeza e lágrimas desde a última postagem, mas não quero escrever muito sobre isso. Algumas coisas tem acontecido para eu possa perceber que a minha vida é cheia de bençãos e o que tiver que acontecer, assim será. Outro dia, uma cliente me disse que, quando pensamos na grandiosidade da obra de Deus em nossas vidas, todo problema fica muito pequeno. Coincidentemente, nesse mesmo dia, quando fui à farmácia para comprar o anticoncepcional, vi um casal, com um bebê, fazendo as contas para saber se podiam comprar um medicamento com pagamento parcelado em três vezes de R$10,00 no cartão de crédito. Refleti o quanto tenho uma vida privilegiada, ainda que não fosse eu a mãe com a criança no colo. Pensei que, apesar dos obstáculos, tenho plena condições de continuar tentado e acreditando que me será concedida a graça da maternidade, de uma forma, ou de outra.

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